O CULTO AO COITO
Por Heitor Jorge Lau
O desejo e a atividade sexual são, inegavelmente, forças motrizes da biologia humana, essenciais para a reprodução e um componente significativo da experiência afetiva e emocional de muitos indivíduos. Contudo, a frequência e a intensidade com que o sexo é apresentado, discutido e valorizado na cultura contemporânea levantam um questionamento pertinente: será que a sociedade moderna supervaloriza ou superestima a centralidade da atividade sexual na vida humana?
A resposta, como a própria sexualidade, é multifacetada. Analisar essa incógnita requer desmembrar as raízes dessa superestimação, examinar suas manifestações culturais e ponderar as implicações para aqueles que não compartilham do mesmo nível de interesse ou engajamento. Para entender a superestimação atual, é crucial reconhecer que a visão ocidental sobre o sexo flutuou drasticamente ao longo da história. Durante séculos, sob forte influência de doutrinas religiosas e morais, a sexualidade foi rigidamente controlada, muitas vezes relegada exclusivamente à procriação dentro do casamento. O prazer sexual, especialmente o feminino, era frequentemente um tabu ou, pior, um pecado. A Revolução Sexual do século XX, impulsionada por avanços contraceptivos, maior liberdade social e a psicanálise, marcou uma virada: o sexo deixou de ser apenas um imperativo biológico para se tornar um direito, um prazer e um marcador de liberdade. Essa libertação, contudo, estabeleceu um novo paradigma: a ausência de sexo ou a falta de um desejo sexual robusto passou a ser vista, em muitos círculos, como uma falha ou um bloqueio a ser "resolvido".
Na sociedade capitalista contemporânea, o sexo transcendeu a esfera privada e se tornou uma poderosa mercadoria. Ele é usado incessantemente na publicidade para vender desde carros a refrigerantes, associando a atividade sexual (ou a promessa dela) a juventude, felicidade, sucesso e aceitação social. Neste contexto, o indivíduo que possui uma vida sexual ativa, variada ou "bem-sucedida" (conforme os padrões midiáticos) é, subconscientemente, percebido como mais ajustado, desejável e, por extensão, mais bem-sucedido em outras áreas da vida. Isso cria uma pressão sutil, mas constante, para performar ou pelo menos simular um interesse elevado. A cultura contemporânea não apenas valoriza o sexo; ela o padroniza e o cobra. Filmes, séries, música pop e, notoriamente, a internet, promovem uma visão altamente estilizada e frequentemente irrealista da atividade sexual. Essa representação tende a focar no ápice, no orgasmo, na performance e na novidade, ignorando a banalidade, a intimidade não sexual e a complexidade das relações humanas.
A "normalização" da frequência estabelece uma expectativa implícita de que "pessoas normais" se engajam sexualmente com uma certa frequência. A ausência disso é patologizada. E, a ditadura do desejo cria a ideia de que o desejo sexual deve ser sempre presente, sempre espontâneo e sempre intenso. A libido flutuante, normal no ciclo de vida humano, é interpretada como um sinal de que algo está errado com o indivíduo ou com o relacionamento.
Para muitos, especialmente jovens, a atividade sexual torna-se um rito de passagem ou um indicador primário de identidade. Ser sexualmente ativo é sinônimo de ser adulto, moderno, aberto e emocionalmente disponível. Para aqueles que não sentem esse impulso ou que, por escolha ou circunstância, optam por uma vida assexual ou com pouca atividade sexual, isso pode levar a sentimentos de alienação. Eles são forçados a se justificar constantemente ou a esconder sua realidade para evitar o julgamento de "estar perdendo algo fundamental" ou de "estar quebrado". A psicologia, em contraste com a narrativa cultural, oferece um panorama muito mais matizado sobre a importância do sexo. Enquanto o sexo é vital para a sobrevivência da espécie (reprodução), na pirâmide de necessidades individuais (como a de Maslow), o sexo (entendido como necessidade fisiológica/sexual) está abaixo de necessidades básicas como segurança, pertencimento e estima. Uma ressalva deveras importante diz respeito as relações de intimidade não-sexuais, as quais muitas das funções que o sexo preenche em uma cultura supervalorizadora - intimidade, validação, conexão emocional, alívio de estresse - podem ser plenamente satisfeitas através de outras formas de intimidade como afeto físico (abraços, carícias), conversas profundas, hobbies compartilhados, cumplicidade e apoio emocional.
A ciência moderna reconhece que a atração sexual não é um interruptor on/off. Existe um espectro de assexualidade, demissexualidade e libido variável. Como psicanalista eu ouvi questionamentos sobre um suposto bloqueio ou uma suposta falta de interesse sexual nas relações íntimas. É crucial entender os aspectos do desejo espontâneo e desejo responsivo. Muitas pessoas, especialmente em relacionamentos longos ou mulheres, experimentam o desejo responsivo - o desejo surge após o início da excitação ou do contexto de intimidade, e não antes dele, como o idealizado desejo espontâneo. Os bloqueios são normais diante do estresse, cansaço, problemas de saúde, medicamentos ou mudanças hormonais, circunstâncias que afetam a libido de todos em algum momento. A patologização desse fenômeno é um sintoma direto da superestimação cultural. O verdadeiro bloqueio, muitas vezes, não é a incapacidade de sentir prazer, mas sim a pressão esmagadora para querer sentir prazer sexual no padrão estabelecido pela cultura dominante. Quando um aspecto da vida é superdimensionado, os aspectos negligenciados sofrem.
A maior crítica à superestimação do sexo é que ela corre o risco de reduzir a complexidade humana a uma função corporal. Ao transformar o sexo no principal KPI (Indicador-Chave de Desempenho) de um relacionamento ou de uma vida plena, desvalorizamos a parceria intelectual, a amizade, o crescimento pessoal e a contribuição não-sexual de um indivíduo. A pressão para performar ou desejar leva à ansiedade de desempenho. Em vez de ser um ato de entrega mútua e prazer, pode se tornar um teste estressante para provar algo (ser viril, ser desejável, ser "normal"). Paradoxalmente, essa ansiedade é um grande supressor do desejo genuíno. O indivíduo que não se interessa passa a sentir-se "inadequado", o que pode afetar negativamente sua autoestima e sua capacidade de conexão emocional, justamente o que o sexo deveria facilitar.
A questão central é, portanto, o sexo é importante, mas ele é o mais importante? A análise demonstra que, culturalmente, sim, ele foi elevado a um totem que exige constante veneração e performance. Para aquele que não se alinha a essa demanda, a conclusão não deve ser de falha, mas sim de liberdade. A vida humana é vasta e multifacetada. O valor de um indivíduo, a saúde de um relacionamento e a plenitude da existência não podem e não devem ser medidos pelo termômetro da frequência ou intensidade sexual. É necessário um movimento cultural de dessexualização de certos espaços - como a publicidade e a métrica de sucesso pessoal - e uma revalorização das outras formas de intimidade e conexão que nutrem a alma humana. Reconhecer que o sexo é uma das muitas fontes de prazer e conexão, e não a única, é o caminho para desarmar a bomba da superestimação cultural e permitir que cada indivíduo viva sua sexualidade - ou sua não-sexualidade - com autenticidade e sem culpa.
A visão de Michel Foucault e Wilhelm Reich é perspicaz sobre esse tema, pois oferece duas abordagens críticas e, de certa forma, antitéticas, sobre como a sociedade moderna utiliza e manipula o conceito de sexualidade, conferindo-lhe um peso cultural desproporcional. Reich, pupilo de Freud e teórico da Sexualpolitik (Política Sexual), estabeleceu as bases para uma das críticas mais radicais à repressão sexual. Para Reich, a neurose individual não era primariamente uma falha pessoal, mas sim o resultado da estrutura social repressiva. Ele desenvolveu a teoria da "Economia Sexual" (Sex-Pol), defendendo que a repressão da energia sexual (orgástica) é o mecanismo fundamental pelo qual o capitalismo e as estruturas sociais autoritárias mantêm o controle. Segundo Reich, o indivíduo que alcança a plena satisfação genital e a capacidade orgástica liberta-se da ansiedade, da submissão e da rigidez moral, tornando-se, por consequência, resistente à doutrinação autoritária e ao fascismo.
Nesta visão reichiana, o sexo é supervalorizado culturalmente justamente por ser proibido. A sociedade burguesa, ao bloquear o livre fluxo da energia sexual, cria uma massa de indivíduos cronicamente insatisfeitos, ansiosos e neuróticos, que buscam compensações na obediência cega ou em formas substitutas de prazer (como o consumo). Reich argumentava que a liberação sexual era o pré-requisito para a mudança social e que a obsessão cultural pelo sexo, manifestada tanto na pornografia velada quanto na moralidade puritana, era um sintoma da energia represada: aquilo que é negado se torna o foco central da fantasia e do desejo. Um indivíduo que se sente "bloqueado" ou sem interesse latente, sob a ótica de Reich, poderia estar simplesmente reagindo à armadura de caráter (o Charakterpanzer) imposta pela cultura que o cerca, onde a negação do prazer é o padrão, e o interesse sexual, quando manifestado, é distorcido pela culpa e pelo tabu.
Em um contraste dialético, Foucault, especialmente em A História da Sexualidade, questiona radicalmente a premissa de Reich e da psicanálise freudiana, a qual ele chama de "hipótese repressiva". Foucault argumenta que o Ocidente, longe de ter reprimido o sexo desde o século XVII, na verdade o submeteu a uma explosão de discursos. O que aconteceu não foi o silenciamento do sexo, mas sim uma proliferação de formas de falar sobre ele - através de médicos, psiquiatras, educadores, teólogos e, eventualmente, sexólogos. Para Foucault, o sexo não é um segredo natural que a cultura esconde, mas sim um efeito de um complexo arranjo de poder e saber. Ao transformar o sexo em um objeto de estudo, confissão, classificação e vigilância incessantes, a sociedade o elevou ao status de chave para a identidade, a verdade pessoal e a saúde mental. A superestimação cultural do sexo, portanto, não advém de sua proibição (como em Reich), mas sim de sua institucionalização como discurso. A confissão sexual, prática originalmente ligada à Igreja, foi secularizada e transformada na consulta psicológica ou na pesquisa sociológica: ao nos forçarmos a "dizer a verdade" sobre nossa sexualidade, nos constituímos como sujeitos sexuais e, nesse processo, somos controlados e normalizados.
Foucault demonstra que, se o indivíduo moderno se sente compelido a ter uma vida sexual ativa e a "descobrir" seu desejo, isso ocorre porque o sexo se tornou o ponto nodal onde o poder e o saber se cruzam. A pressão para engajar-se sexualmente, que o questionador sente, é a própria prova do que Foucault descreve: o sexo é tão supervalorizado porque dele depende a definição de quem somos, se somos "normais" ou desviantes, sadios ou doentes. O bloqueio ou a falta de interesse, neste panorama, não é apenas um problema pessoal, mas uma resistência ou uma anomalia no vasto sistema de classificação sexual.
Enfim, tanto Reich quanto Foucault ajudam a compreender a superestimação cultural do sexo, cada um a partir de um ângulo diferente. Reich nos ensina que a negação do prazer gera uma obsessão neurótica pela sua busca. Foucault nos mostra que a constante fala sobre o sexo, a tentativa incessante de defini-lo, classificá-lo e controlá-lo, é o que o torna central. Em ambos os casos, o resultado é o mesmo: a atividade sexual, ou a falta dela, é artificialmente inflacionada, deixando pouco espaço cultural para o indivíduo cuja vida não orbita em torno do desejo ou do desempenho sexual. Essa análise filosófica reforça a ideia de que a "incógnita" reside não na biologia do sexo, mas nas complexas teias de poder, moralidade e discurso que o transformaram no fetiche cultural definidor da vida humana moderna.
Mas, e se o indivíduo deseja fugir ou ignorar o poder social, cultural, político e midiático que tenta tomar posse da sexualidade alheia sob pretextos obscuros? Essa é uma questão que nos leva do âmbito social e político (Foucault e Reich) para o âmbito estritamente individual e íntimo: a masturbação, ou o auto-prazer. A gestão do prazer solitário é, na verdade, um ponto de fricção crucial neste debate cultural sobre a superestimação do sexo, pois representa a única esfera onde o indivíduo pode potencialmente escapar, ou pelo menos subverter, as expectativas externas. Se considerarmos a lente de Reich, a masturbação é vista de maneira extremamente positiva. Para ele, o auto-prazer é o exercício fundamental da soberania corporal. É o primeiro passo para descondicionar o corpo das amarras morais e aprender a experimentar o orgasmo de forma plena e não neurótica. Reich via a proibição ou a culpabilização da masturbação como uma tática clara da repressão social para impedir que o indivíduo se tornasse sexualmente autônomo. Portanto, no quadro reichiano, o auto-prazer não é apenas aceitável; é um imperativo terapêutico e político para forjar um ser humano livre, aquele que não precisa de um parceiro ou de uma validação externa para acessar sua energia vital.
Foucault, por outro lado, nos forçaria a ver a masturbação não como um ato puro de rebeldia, mas como um ato que foi imediatamente capturado pelo discurso. Ele observaria que, historicamente, a masturbação foi talvez o ato sexual mais vigiado, analisado e patologizado, especialmente no século XIX. Ela foi associada à cegueira, à loucura, ao esgotamento de fluidos vitais e à histeria. Assim, mesmo o prazer solitário foi transformado em um objeto de intensa vigilância médica e pedagógica. O "encaixe" do auto-prazer no debate cultural, portanto, é que ele se tornou um campo de batalha. Se alguém o pratica sem culpa, está abraçando a liberdade sexual; se o pratica com culpa ou o evita, está sucumbindo ao controle social.
Indo além desses dois teóricos e focando na gestão individual do auto-prazer, surgem várias camadas. Para o indivíduo com baixo ou flutuante desejo sexual dirigido a outros, o prazer solitário é frequentemente o único termômetro confiável do seu próprio corpo e da sua capacidade de sentir prazer. É um espaço seguro para a exploração sem o componente do olhar do outro. Enquanto o sexo a dois envolve negociação, comunicação e consideração da resposta alheia, o auto-prazer é puramente fenomenológico - o foco é inteiramente na sensação interna. Se o indivíduo não consegue sequer se conectar com o prazer no isolamento, o problema é muito mais profundo do que uma simples questão de encontrar o parceiro "certo"; torna-se uma questão de acesso à própria sensibilidade corporal.
A superestimação do sexo socializado frequentemente leva ao problema de usar o prazer solitário como uma mera substituição compensatória para a conexão perdida. Se a cultura estabelece que o sexo em dupla é o ápice, o auto-prazer pode ser percebido, mesmo que inconscientemente, como um segundo lugar ou um "sexo de emergência". Isso enfraquece sua potência como fonte de satisfação autônoma, pois continua sendo julgado em relação a um padrão externo idealizado. O indivíduo que não se interessa por sexo com parceiros pode sentir-se forçado a se masturbar apenas para provar que ainda é "funcional" sexualmente, caindo novamente na armadilha da performance, mesmo que o público seja apenas ele mesmo. A gestão do prazer solitário é crucial justamente porque ela permite ao indivíduo regular o próprio ritmo libidinal, desvinculado das pressões de um parceiro ou da performance social. Para aquele que questiona o valor do sexo, a capacidade de desfrutar do prazer solitário - ou, inversamente, a capacidade de não precisar dele - é um sinal de maturidade emocional e sexual. Significa que o prazer não é uma carência a ser preenchida por fontes externas, mas uma experiência que pode ser acessada ou adiada conforme a própria necessidade interna, e não a exigência cultural de "manter a chama acesa".
O auto-prazer se encaixa no debate como o território de teste da autonomia sexual. Ele é onde a teoria da repressão (Reich) encontra a teoria do discurso (Foucault). É o ato mais privado, mas aquele que a cultura mais tentou moldar com narrativas de culpa ou de necessidade. A forma como um indivíduo o gere - com liberdade, com culpa, com necessidade constante ou com total indiferença - diz muito sobre o quanto ele internalizou ou rejeitou a superestimação cultural da atividade sexual. Para encerrar esta breve reflexão sobre a superestimação cultural do sexo, é imperativo voltar ao centro do indivíduo, reconhecendo que a verdade sobre o desejo não reside nos índices de performance midiática, nem nas doutrinas filosóficas de repressão ou libertação, mas sim na arquitetura íntima de cada ser. O verdadeiro compasso para navegar neste debate incessante reside na compreensão da intrínseca ligação entre libido, especificidade de personalidade e a bússola do bem-estar individual.
A libido, essa força vital que Reich tão enfaticamente tentou localizar e liberar, não é um recurso fixo ou um motor único que deve ser ligado 24 horas por dia. Ela é, na realidade, um fluido energético intimamente sintonizado com o estado geral do ser. Assim como a saúde física e mental flutua com o estresse, a nutrição e o sono, o desejo sexual é uma manifestação complexa desse estado integral. Não é um interruptor que a cultura nos manda acionar, mas sim um reflexo da harmonia interna. O grande equívoco da pressão cultural é tratar o desejo como uma entidade monolítica e universal. Contudo, a especificidade da personalidade dita a qualidade e a intensidade desse desejo. Uma mente altamente analítica pode encontrar mais satisfação na resolução de um problema complexo; um indivíduo com uma profunda necessidade de segurança pode priorizar a conexão emocional estável sobre a excitação volátil; e outro pode encontrar a maior vibração de sua energia vital na criação artística ou no serviço comunitário. Estes não são desvios; são calibrações pessoais. O que é vitalidade para um (a intensidade sexual) pode ser dreno de energia para outro.
É aqui que a lição de Foucault se torna uma ferramenta de empoderamento: se a sociedade construiu discursos para nos dizer como devemos desejar, a resposta madura é reivindicar o direito de não desejar de acordo com esses padrões. O desejo, quando verdadeiramente autêntico e não coagido, alinha-se naturalmente com o "fazer aquilo que é o melhor para si" no momento presente. Para aquele que se sente questionado, pressionado ou bloqueado por discursos autoritários - sejam eles vestígios da moralidade rígida, pressões do mercado sexualizado ou a tirania da performance nas redes sociais - a chave final é a autonomia da experiência. Se o seu melhor é a conexão sexual, o mais importante é buscar tal conexão com abertura e prazer, livre da necessidade de provar sua "normalidade". Se o seu melhor é a intimidade não-sexual, o mais importante e cultivar a profundidade da amizade, do afeto e da parceria sem a necessidade de validá-la com o ato sexual. Se o seu melhor é o autocuidado e a ausência de desejo, o mais importante é honrar esse espaço. A energia que outros gastariam tentando se forçar ao coito pode ser canalizada para a criatividade, o descanso ou o crescimento pessoal.
Portanto, a superestimação cultural do sexo só tem poder sobre nós na medida em que aceitamos que ela define nossa régua de valor. Reenquadrar o prazer como um espectro vasto, onde o auto-prazer solitário, a intimidade não-sexual e a ausência temporária de desejo são tão válidos quanto o sexo em par, é o ato final de resistência. Seu bem-estar não é negociável. Seu ritmo não é um erro. Ao escutar a voz interna que dita o que lhe nutre e o que o esgota, você desarma a crítica externa e afirma sua verdade: o melhor sexo é aquele que você escolhe, ou o melhor descanso é aquele que você se permite, sem necessidade de justificativa. Pode parecer complicado, difícil de alcançar, mas...quem determina o “tempero” da sua vida é você!!!

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