quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Um passeio pela Geografia Física

Heitor Jorge Lau
Doutorando em Psicologia Cognitiva
Mestre em Educação
Pós-graduado em Gestão de Pessoas
Bacharel em Comunicação Social

            Não foi mistério para os observadores da antiguidade a estreita relação que os planetas têm com o Sol. Baseando-se, porém, em fenômenos aparentes, não vacilaram em considerar a Terra como astro central de um sistema de corpos celestes composto pelo Sol, a Lua e os planetas. Sustentou Ptolomeu essas ideias e, graças à sua autoridade como astrônomo, tais suposições perduraram por muitos séculos, até que, em 1543, Copérnico publicou uma obra em que sustentava a hipótese de que o Sol era o centro do sistema planetário e que a Terra devia ser considerada como simples planeta, tendo a Lua como único satélite. Não obstante a enorme resistência encontrada, essas afirmações acabaram finalmente sendo admitidas como certas, e orientaram os astrônomos no caminho que os conduziu rapidamente a descobrir as leis que regem o movimento dos astros.

            Assim, pôde Kepler demonstrar que os planetas, inclusive a Terra, se moviam em torno do Sol, descrevendo trajetórias elípticas. Essas trajetórias não diferem muito de uma circunferência, mas trazem como consequência o fato de não acharem os planetas sempre à mesma distância do Sol. No periélio, seu afastamento do astro central é mínimo, atingindo o máximo no afélio. Nota-se da Terra que o diâmetro aparente oferecido pelo disco do Sol varia regularmente no transcurso do ano, tempo que corresponde a uma translação completa de nosso planeta em torno do referido astro. Essa variação do diâmetro solar foi comprovada por medições de grande precisão.

            Descobriu Kepler, ainda, que tanto a Terra como os demais planetas se movem mais rapidamente quando se encontram no periélio do que no afélio de suas respectivas órbitas, cobrindo as retas imaginárias, que unem seus centros ao Sol, áreas iguais em termos iguais, o que explica a variação da velocidade sobre a trajetória, sendo esta, elíptica e não circular. A posição do Sol em relação às trajetórias corresponde a um dos focos; da mesma forma elíptica é o movimento dos satélites em torno dos planetas e dos cometas em torno do Sol.

            Baseando-se nas Leis de Kepler, demonstrou Newton que a Terra se mantém em equilíbrio em sua órbita pela ação de duas forças iguais e contrárias: de um lado a atração exercida pelo Sol (à qual se aduz a exercida por nosso planeta sobre o astro central), e de outro lado o desenvolvimento da força centrífuga originada no rápido movimento de translação da Terra.

            Além de ser o astro que preside o movimento de translação de nosso planeta, o Sol nos envia imensa quantidade de energia em forma de luz, calor e eletricidade. A luz produz a claridade do dia, adorna de cores vivas a alvorada e o crepúsculo; decomposta pelas gotas da chuva, produz o fantástico fenômeno do arco-íris; a luz é, de resto, imprescindível à vida das plantas e dos animais. O calor provoca a evaporação da água dos mares e lagos, dando origem às nuvens, de que derivam as chuvas ou as nevadas que por sua vez dão lugar à formação dos rios e dos glaciares ou geleiras; além disso, é a causa direta da influência desigual do vento na atmosfera terrestre, o qual, por sua vez, origina as ondas, que modelam os litorais. Esse calor mantém a vida na Terra e, em épocas passadas, favoreceu o crescimento das árvores que, através dos séculos sofreram um processo lento de mineralização e de combustão transformando-se em carvão pedra. Quanto à eletricidade, o Sol dá origem, indiretamente, ao magnífico fenômeno das auroras polares e influi sobre a eletricidade atmosférica. A energia solar chega até o planeta Terra depois de percorrer 150 milhões de quilômetros (distancia média que separa a Terra do Sol). A luz, na velocidade de 300.000 quilômetros por segundo, gasta oito minutos e em um quarto para alcançar a superfície do planeta. Calcula-se que a temperatura das camadas externas do Sol é de 6.000°, enquanto que, em seu núcleo, deva ser de alguns milhões de graus.


            [...] e ainda existem pessoas que questionam: esta disciplina é necessária?

Afirmava Freud


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O ser humano no cerne da sua complexidade mental e emocional revela-se um ser estritamente do desejo. ??? Sim, uma criatura que vive em função daquilo que ainda não tem, em detrimento daquilo que já tem.


Esta colocação pode ser compreendida como o relacionamento do homem com o mundo através da falta de algum objeto, e não pela existência dele. Isto acarreta na eterna insatisfação e busca por algo que ao ser adquirido, proporcionará uma satisfação temporária porque logo em seguida um novo anseio há de transtornar o juízo sereno.