REALISMO DEPENDENTE DA CRENÇA
O cérebro é um mecanismo de gerar crenças. Elas, as crenças, surgem de imediato e posteriormente alguma explicação (por vezes incoerentes) há de surgir para justificá-las.
O processo se desenvolve por intermédio da interação do mundo externo com as preferências humanas inatas. Incontáveis dados sensórios inundam o cérebro continuamente, ocasionando uma busca desenfreada e frenética por padrões. A mente humana desenvolve uma imensa “fome de padrões”. Ela liga todos os pontos até que as informações desconexas recebidas formem padrões com a aparência de fazer sentido. Essa é a base de todas as crenças. Após este processo primário – a formatação das crenças - o cérebro passa a procurar evidências que as confirmem, desprezando praticamente todas que as desmintam. Trata-se de um auto feedback positivo, no qual as justificativas, independentemente de estarem certas ou não, vão-se reforçando. A realidade existe independentemente da nossa mente, mas a compreensão dessa realidade é determinada não só pelas crenças como também pelas emoções que experimentamos no instante de presenciá-la.
