Por Heitor Jorge Lau
Empresário e Mestrando em Educação
Pós-Graduado em Gestão de Recursos Humanos
Bacharel em Comunicação Social – Relações Públicas
Analista de Sistemas da Informação
Empresário e Mestrando em Educação
Pós-Graduado em Gestão de Recursos Humanos
Bacharel em Comunicação Social – Relações Públicas
Analista de Sistemas da Informação
Não
é coisa fácil definir a Filosofia. Melhor seria que assistíssemos à sua
evolução, vendo ela surgir ao lado das religiões e Estados da Antiguidade,
para, em seguida, alcançar sua plenitude nas cidades gregas, concentrando-se
mais tarde em Atenas; concentração de plenitude que legou ao mundo Sócrates,
Platão e Aristóteles, os maiores filósofos da história, aos quais se juntam
outros três nomes insignes: Descartes, Leibnitz e Kant. Eis aqui os chamados ícones
clássicos da filosofia: Sócrates, Platão e Aristóteles, Descartes, Leibnitz e
Kant. Talvez ainda acrescentássemos a esta lista gloriosa os nomes de Hegel e
Spinoza, o primeiro um idealista acérrimo e o segundo um panteísta.
Estudar
algo que brote do imperceptível até que retorne ao imperceptível é, para
Spencer, realizar o estudo cabal de uma coisa, quer se tratem de instituições
humanas, corpos físicos, astros e mundos, quer de filosofia, leis ou religião. Nós,
ao assistirmos à história do pensamento filosófico, vamos ter a ilusão de que
somos os construtores da filosofia, desde que a façamos brotar do
imperceptível. E como ensina o filósofo italiano Vico, compreenderemos o que
fazemos, porque o homem só compreende plenamente, aquilo que faz; seu afã, sua
tarefa, seu afazer, sua obra. Assim como um relojoeiro que fabrica um relógio
sabe que sua máquina não tem mistérios para ele. Talvez, no entanto, seja
demasiado otimista em pretender colocar-se na hipótese proposta.
Filosofar
nos aparece, sempre, como uma espécie de tarefa de segundo grau, como um
esforço de reflexão, isto é, de meditação sobre o feito. Eis aqui um caráter
universal do filosófico: a reflexão, ou seja, o volver sobre o que já se fez,
para pensar nas condições de sua produção e o seu objeto. Assim, se as reflexões
em que falamos nos incitam a curiosidade e encontramos prazer nelas, somos
filósofos, ou algo semelhante, amantes da sabedoria. Por conseguinte, não
declaramos que já sabemos, mas que só sabemos o que nos agrada saber, e não um
saber qualquer, mas um saber que vai ao fundo e a raiz da existência. Isto é, que
não pretendemos explicar, como o fazem os físicos e naturalistas, mas que
pretendemos compreendê-las. Então, eis a primeira definição de filosofia que
surge, ou se não da filosofia propriamente dita. Filosofar é tender a explicar
e compreender a existência, sendo a filosofia a explicação e compreensão do que
existe.