PSICOLOGIA
COGNITIVA
Dialética - Racionalismo – Empirismo - Estruturalismo
- Funcionalismo
Pragmatismo – Associacionismo – Behaviorismo - Psicologia da
Gestalt
uma sopinha de
teorias que explicam e justificam
Psicologia Cognitiva
O Cognitivismo, um olhar
contemporâneo sobre o comportamento humano, surge com a convicção de que a
forma como as pessoas pensam justifica quase que a totalidade das atitudes
comportamentais. A conjunção das teorias behavioristas e gestaltistas
formataram o teor do cognitivismo. Todavia, é importante ressaltar que a
Psicologia Cognitiva se aproxima muito do gestaltismo por procurar saber como o
ser humano raciocina e aprende. A Psicologia Cognitiva aborda áreas de estudo
que visam compreender como o ser humano concebe, assimila, recorda e raciocina
diante de informações que chegam até ele. O Psicólogo Cognitivo, por sua vez,
procura entender como os indivíduos apercebem formas variadas, os motivos ou
motivações que os levam a recordar ou obliterar acontecimentos e porque o
aprendizado de uma língua acontece. Qualquer tentativa de aprender sobre a
capacidade cognitiva do ser humano sem um resgate histórico dos estudos
relacionados ao pensamento torna mais complexa a empreitada. É possível alegar
que as pessoas também aprendem ou evoluem com os erros cometidos no passado.
Portanto, ao se conhecer a gênese e trajetória do passado se descobre como o
ser humano “pensa sobre o pensar”. Partindo do pressuposto que o ser humano
evolui gradativamente no percurso palmilhado, ele incrementa ou transforma as
suas ideias sob a égide da dialética. A dialética pode ser entendida
como um processo que transforma as ideias no decorrer do tempo, todavia, por
intermédio de um padrão de transmutação. Este processo de transformação surge a
partir de uma tese (enunciado de uma opinião), constituindo a seguir uma
antítese (enunciado contrário à tese), culminando em uma síntese
(rebate entre tese e antítese). A dialética surge no âmbito da Psicologia
Cognitiva justamente para equilibrar qualquer tentativa de negligenciar ou
refutar um pensamento em detrimento de outro por mera preferência ou tendência.
Portanto, a dialética conduz para uma visão técnica-científica, ou seja, isenta
de especulações sobre a crença de que a inteligência é fruto especifico, único
ou isolado da genética ou do ambiente.
Antecedentes Filosóficos da
Psicologia
Racionalismo versus Empirismo
Os antecedentes da Psicologia
Cognitiva, segundo historiadores, possuem alicerces nas abordagens Filosóficas
e Fisiológicas. A primeira busca compreender variados aspectos da vida a
partir de contextualizações das ideias e experiências interiores do ser humano.
A segunda abordagem age e estuda cientificamente por intermédio de metodologias
empíricas, cujo objetivo é observar as funções vitais dos seres vivos. Tanto o Racionalismo
como o Empirismo convergem em um
objetivo principal: o estudo da mente. A primeira teoria crê que a análise
lógica conduz ao conhecimento; em contrapartida, a segunda acredita não somente
no potencial científico da observação, mas também da experimentação. Se o
racionalista fundamenta a teoria da Psicologia, o empirista, por sua vez,
orienta o seu investigar empírico. Tal ótica possibilita a certeza de que tanto
uma teoria quanto a outra se complementam. Kant (1724-1804) acabou por concluir
tal concepção, anteriormente consideradas incompatíveis por Descartes (1596-1650)
e Locke (1632-1704).
Antecedentes Psicológicos da
Psicologia Cognitiva
As Primeiras Dialéticas na
Psicologia da Cognição
O Estruturalismo insurgiu
como a primeira dialética histórica da Psicologia entre o Estruturalismo e o
Funcionalismo. O Estruturalismo, como o próprio termo expressa, busca
compreender a estrutura da mente humana e suas respectivas percepções das
assimilações desenvolvidas nos elementos estruturais. Wundt (1832-1920),
Psicólogo alemão, utilizou o método da introspecção, cujo princípio é
visualizar as informações que foram interiorizadas pela mente. A sua teoria
contribuiu para a formatação do Estruturalismo mesmo sendo criticado por
especialistas da época. Como contraponto surge o Funcionalismo, teoria
que se interessa muito mais sobre o que o ser humano realiza e por que as
realiza. A condução das pesquisas funcionalistas culminou no Pragmatismo,
uma vez que, os pragmatistas se interessam pela utilidade prática do
conhecimento adquirido sobre as ações e motivações individuais.
A teoria do Associacionismo,
antecessora do Behaviorismo, fui muito influenciada por filosofias empiristas e
positivistas, a qual considera o ambiente e a experiência prática como fonte do
saber e da formatação do comportamento humano. Como sugere o termo, é uma
associação das ideias e eventos à mente humana, composição capaz de propiciar a
plena aprendizagem. Ebbinghaus (1850-1909) foi o pesquisador que empregou os
princípios associacionistas de modo sistêmico. Thorndike (1874-1949) elencou a
questão, deveras interessante, que a formatação das associações era fomentada
pela satisfação, o que denominou de Lei de Efeito (1905). A teoria afirma que
todo estímulo resulta em alguma resposta a partir de uma recompensa.
O Behaviorismo,
uma teoria de perspectiva estritamente teórica, percebida como uma tradução
extrema do Associacionismo sustenta que a Psicologia atente na correlação entre
o “comportamento observável” e os “estímulos ambientais”. O Behaviorismo sofreu
enorme resistência dos Psicólogos da Gestalt. A Psicologia da Gestalt
entende que a compreensão das manifestações psicológicas é percebida e
interpretada sob um olhar holístico, ou seja, sobre o todo, ao invés de
fragmentos da totalidade. A visão gestaltista sintetiza categoricamente que “o
todo é diferente das partes”, em síntese, é impossível resolver qualquer
questão apenas observando frações da totalidade.
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