Qual é o nosso verdadeiro tamanho em relação ao desenvolvimento humano? Será que somos potencialmente maiores e bem pouco se enxerga a respeito? Não ver o prêmio futuro pode causar desânimo e até oposição frente ao exigido e essencial exercício do crescimento que se tem no presente? Nada é de graça!
O que pode nos levar a
perceber tal possibilidade de avanço para que o estímulo resultante nos
impulsione em direção a um nível evolutivo sem precedentes, superando as lentas
passadas com as quais temos caminhado através da estrada da vida? Para tratar
sobre o processo evolutivo, é prudente lançar mão da teoria darwinista
encontrada no livro “A origem das espécies”, a qual atribui ao tempo, o acaso e
a seleção natural o resultado daquilo que hoje somos.
A valiosa aptidão que se
adquire faculta ao ser humano (e às outras espécies) a possibilidade de
manter-se vivo e ainda transmitir tais informações à sua descendência. No
entanto, esbarra-se em uma delicada e complexa questão: como foi possível ter-se
dado a gênese de tudo que conhecemos sem se levar em conta um criador com a
necessária capacidade de planejar e concretizar? Alguns pontos permanecem
obscuros sem a devida análise, tais como as capacidades de desenvolvimento
preexistentes (semelhantes aos típicos softwares da informática):
desenvolvimento do apego para o convívio; aquisição da linguagem; aprendizagem
do saber e formação da inteligência; constituição do jeito ético de ser;
eclosão das muitas consciências; noção e sentimento espiritual, por exemplo.
As discussões são
travadas, infelizmente, em planos distintos e isolados, com rara chance de
conciliação. Vê-se orgulho, teimosia, fanatismo e cegueira obstruírem o acesso
ao merecido conhecimento. Tal sapiência é capaz, a propósito desta reflexão, de
promover maior consciência e melhor desempenho na escalada rumo à maturidade pessoal
que hoje é pobremente encontrada no convívio social. Não obstante, é possível
detectar algumas movimentações em prol de novas e interessantes perspectivas.
Em 1993, Phillip Johnson, um professor da Universidade da Califórnia, reuniu
alguns estudiosos de diferentes áreas para que se debatesse o tão polêmico assunto.
Dentre alguns aspectos lá refletidos, destacou-se que havia uma lacuna não
preenchida por Charles Darwin. O fato é que, acerca da primeira vida primitiva,
segundo o que se concluiu, não seria possível à seleção natural atuar antes da
existência da primeira célula viva.
A seleção natural só atua
sobre organismos capazes de se reproduzirem. Então, o que causou,
inteligentemente, o início da vida? A tal indagação, respondeu-se com o que se
denominou de “Teoria do Design Inteligente”, condição anterior à existência.
Assim, é possível atribuir, de modo mais equilibrado, à maneira de cada lado na
ferrenha contenda, uma nova e mais justa explicação (ainda que temporária, pois
sabemos muito pouco ainda a respeito de muita coisa) para a origem das espécies
e sua evolução.
Vale a pena, ainda, lembrar da afirmação de Darwin na qual não lhe parecia existir qualquer incompatibilidade entre a aceitação da teoria evolucionista e a crença em Deus. Será que há um esboço, ao menos, de harmonização entre as partes concorrentes? Cabe, pois, ponderar exaustivamente acerca de tal proposta, repensando, portanto, o que somos verdadeiramente no aqui e agora, enquanto seres carecedores de considerável consciência e desenvolvimento. Mas cumpre-se salientar o gigantesco potencial a ser extraído através do necessário e pertinente exercício. Há muito mais dentro de nós do que se pode perceber, mas cabe a cada um se autoconhecer por meio da auto avaliação e tirar as próprias conclusões com o passar do tempo.
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