terça-feira, 8 de abril de 2025

DISTORÇÕES COGNITIVAS - uma lista

 


Lista de verificação das distorções cognitivas

1. Leitura mental: imaginar que sabe o que as pessoas pensam sem ter evidências suficientes. Por exemplo: “Ele acha que sou um fracasso”.

2. Adivinhação do futuro: rever o futuro – que as coisas vão piorar ou que há perigos pela frente. Por exemplo: “Vou ser reprovado no exame” ou “Não conseguirei o emprego”.

3. Catastrofização: achar que o que aconteceu ou vai acontecer é tão terrível e insustentável que não será capaz de suportar. Por exemplo: “Seria horrível se eu fracassasse”.

4. Rotulação: atribuir traços negativos a si mesmo e aos outros. Por exemplo: “Sou indesejável” ou “Ele é uma pessoa imprestável”.

5. Desqualificação dos aspectos positivos: afirmar que as realizações positivas, próprias ou alheias, são triviais. Por exemplo: “É isso que se espera das pessoas – de modo que não conta quando ela é legal comigo” ou “Esses sucessos são fáceis, de modo que não importam”.

6. Filtro negativo: focar quase exclusivamente os aspectos negativos e raramente notar os positivos. Por exemplo: “Veja todas as pessoas que não gostam de mim”.

7. Supergeneralização: perceber um padrão global de aspectos negativos com base em um único incidente. Por exemplo: “Isso geralmente me acontece. Parece que eu fracasso em muitas coisas”.

8. Pensamento dicotômico: ver eventos ou pessoas em termos do tudo-ou-nada. Por

exemplo: “Sou rejeitado por todos” ou “tudo isso foi uma perda de tempo”.

9. Afirmações do tipo “deveria”: interpretar os eventos em termos de como as coisas devem ser, em vez de simplesmente concentrar-se no que elas são. Por exemplo: “Eu deveria me sair bem. Caso contrário, serei um fracasso”.

10. Personalização: atribuir a si mesmo culpa desproporcional por eventos negativos e não conseguir ver que certos eventos também são provocados pelos outros. “Meu casamento terminou porque falhei”.

11. Atribuição de culpa: concentrar na outra pessoa como fonte de sentimentos negativos e se recusar a assumir a responsabilidade da mudança. Por exemplo: “Estou me sentindo assim agora por culpa dele” ou “Meus pais são a causa de todos os meus problemas”.

12. Comparações injustas: interpretar os eventos em termos de padrões irrealistas, comparando-se com pessoas que se saem melhor e concluindo, então, que é inferior a elas. Por exemplo: “Ela é mais bem sucedida que eu” ou “Os outros se saíram melhor do que eu no teste”.

13. Orientação para remorso: ficar preso à ideia de que poderia ter se saído melhor no

passado, em vez de pensar que pode fazer melhor agora. Por exemplo: Eu poderia ter conseguido um emprego melhor se tivesse tentado” ou “Eu não deveria ter dito isso”.

14. E Se...?: Fazer uma série de perguntas do tipo “e se alguma coisa acontecer” e nunca fica satisfeito com as respostas. Por exemplo: “Sim, mas e se eu ficar ansioso?” ou “e se eu não conseguir respirar?”.

15. Raciocínio emocional: deixar os sentimentos guiarem a interpretação da realidade. Por exemplo: “Sinto-me deprimido; consequentemente, meu casamento não está dando certo”.

16. Incapacidade de refutar: rejeitar qualquer evidência ou argumento que possa contradizer os pensamentos negativos. Por exemplo, quando pensa “Não sou digno de amor”, rejeita como irrelevante qualquer evidência que as pessoas gostem de você. Consequentemente, o pensamento não é refutado. Outro exemplo: “Esse não é o problema real. Há problemas mais profundos. Existem outros fatores”.

17. Foco no julgamento: avaliar a si próprio e os outros em termos de preto-e-branco (bom-mau ou superior-inferior), em vez de simplesmente descrever, aceitar ou compreender. Está continuamente se avaliando e avaliando os outros segundo padrões arbitrários e concluindo que você e os outros deixam a desejar. Você se concentra nos julgamentos dos outros e de si mesmo. Por exemplo: “Não tive um bom desempenho na faculdade” ou “Se eu for aprender tênis, vou me sair mal” ou “Veja como ela faz sucesso. Eu não consigo”.

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